Uma cidade global desde 1640!
Rua da Cerveja, Parque Guinle, e o boom das feiras dando vida para nossas praças...Isso é Rio!
Você sabia que a baía de Guanabara já foi repleta de golfinhos e baleias?
E que a caça e pesca desses animais já foi uma das atividades mais importantes do Rio de Janeiro durante a época colonial?
Óbvio que muito dessa caça era para consumo dos habitantes da cidade, mas o motivo central era para realizar a extração do óleo de baleia. Com ele se fazia sabão, calafetavam-se as embarcações, bem como se produzia o óleo que iluminava as casas Brasil afora. Era quase tão importante na época quanto o petróleo é hoje em dia.
Foi um dos principais sustentos da cidade, até o início do ciclo do açúcar, e foi ajudada pelo imenso contingente de baleias que transformaram nossas águas em moradia todo ano. A migração era tão intensa que os moradores mandavam cartas ao governador, alguns até ao rei, reclamando do barulho que as baleias faziam na Baía de Guanabara.
Por volta de 1640 foi criado um grande armazém na região em que hoje fica a Candelária. Foi um dos mais importantes centros de comércio de óleo de baleia não só do Brasil colonial, mas de todo Império Português, logo, do mundo. A região ficou conhecida como Travessa do Azeite de Peixe –um nome bem sugestivo– e foi responsável por colocar no mapa a então secundária capitania, dando o pontapé inicial no comércio triangular entre o Rio, África e a região do Prata, que fez o Rio de Janeiro ter uma explosão de crescimento populacional.
Daqui saiu o óleo de baleia que serviu de argamassa para os muros das fortalezas portuguesas de Ormuz e Muscat no Golfo Pérsico, que assentou os muros das igrejas em Macau e subiu os vultosos salões dos palácios dos governadores de Goa, de onde controlaram todo o comércio de especiarias do oriente. O Rio, como bem vemos, sempre foi uma cidade global, até quando era uma cidade com pouco mais de 12 mil habitantes.
A Rua da Cerveja será seu próximo local favorito no Centro!
A tradicional Rua da Carioca está se transformando na Rua da Cerveja, um novo point boêmio que reúne cerveja artesanal e comida boa.
Anos atrás, a rua era famosa por suas lojas de instrumentos musicais. Agora, está se reinventando com o surgimento de bares com produção própria de cerveja e cardápios caprichados.
Quarto ótimos bares já se instalaram na rua: a Choperia Cotovelo, Virus Bier, Cervejaria Piedade e Martelo Pagão.
Ótima opção para um happy hour (nós já experimentamos!) ou para aquele sábado a tarde!
A teoria das Janelas Quebras na prática.
Em Botafogo, o abandono virou paisagem e ameaça.
Na semana passada, estivemos fiscalizando imóveis abandonados no bairro, depois de denúncias de moradores preocupados com a segurança. Um dos casos mais absurdos está na Rua Mena Barreto: de um lado da calçada, um terreno enorme da Cedae, mal utilizado e transformado em banheiro a céu aberto e ponto de permanência de moradores em situação de rua, sem qualquer cuidado do poder público.
Do outro lado da mesma rua, um casarão antigo interditado pela Defesa Civil, com risco de desabamento.
Ou seja, quem mora ou passa por ali enfrenta um cenário onde não sabe se teme mais pela segurança ou pela estrutura.
O abandono virou regra, e a cidade, que poderia alí incentivar um melhor uso do espaço, se transforma em obstáculo para quem só quer o básico: andar tranquilo pela rua onde mora.
Já imaginou o Rio sem o Parque Guinle?
No coração de Laranjeiras existe um dos parques mais icônicos e cheio de história do Rio: o Parque Guinle. Com quase 25 mil m², originalmente era uma chácara de propriedade do Dr. Eduardo Guinle, onde ele construiu sua residência na década de 1920. Para sorte de todos os cariocas, na década de 40 o local foi assumido pelo Governo Federal e transformado em parque público.
Projetado pelo grande paisagista francês Gérard Cochet, e posteriormente tendo recebido intervenções de Burle Marx, o parque possui um dos jardins mais lindos do Rio de Janeiro, lago com diversos animais, parque infantil e é uma ótima opção para exercícios ao ar livre.
Compondo seu entorno, a antiga residência Guinle se transformou no Palácio Laranjeiras, parte da sede do Governo Estadual e prédios icônicos de Lucio Costa, semelhantes aos de Brasília.
Apesar de tanta importância, história e beleza, o Parque Guinle também conta com diversos pontos a serem melhorados.
Recentemente, uma disputa envolvendo a Fundação Parques e Jardins relativa ao abastecimento de agua colocou em risco a conservação e vida do lago do parque.
Olha o estado que tá!
Mais um local importante para os cariocas que estamos de olhos bem atentos!
O Rio está entulhado de lixo urbano - e não é só sacola rasgada ou entulho largado na calçada.
É orelhão quebrado, hidrante abandonado, poste sem função, ponto de ônibus depredado. Equipamentos que já tiveram utilidade, mas hoje só atrapalham a cidade e a vida de quem anda a pé. Em breve vamos apresentar propostas para calçadas mais acessíveis.
Mas desde já queremos ouvir você: viu alguma estrutura abandonada ou acúmulo de lixo no seu bairro?
Além da foto, lembre de colocar também a localização, combinado?
Vamos mapear o abandono e cobrar soluções. O Rio merece mais do que improviso.
Praça vazia é convite pro abandono. Praça cheia é cidade viva.
Cada vez mais, as praças do Rio estão sendo usadas para feiras livres, eventos culturais, rodas de samba e até festas. Isso é ótimo!
Quando bem organizado e respeitando o espaço público, essa ocupação dá vida nova às áreas que antes ficavam vazias e mal cuidadas. No último fim de semana, rolou a Feira Francesa, na Praça Nossa Senhora da Paz em Ipanema e nesse próximo é a vez da Glória entrar no clima de São João com o Arraia da Gema na Praça Paris!
É mais uma chance de transformar a praça em ponto de encontro e mostrar que espaço público é lugar de convivência e alegria.
Concorda?
Bom, fico imaginando como deve ser morar no Rio de Janeiro. Eu, que moro em Bangu, fora desse Rio aí, concluo. O descaso que assola a minha cidade se expandiu pra cidade de vcs. Decadência, pra mim, é o termo que define essas duas cidades bem diferentes, contudo com o mesmo alcaide. O tratamento de Botafogo deveria chegar a Bangu, Santa Cruz, Anchieta e Pavuna, mas vejo que o contrário ocorreu. E o Dudu segue forte, pois o carioca mediano já cresceu no caos e nem sabe o que pessoas com mais de 50 como eu viveram, alguma civilidade, guardas municipais nos cruzamentos, favela bairro. Quem puder que fuja e só venha visitar. Visitar, óbvio, o Rio dos ricos, pq o dos pobres nada tem a oferecer.